Coudelaria Schäfer
Localidade: |
Oberdingermoss |
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Criadores: |
Michael e Heide Schäfer |
Esta coudelaria corresponde ao primeiro núcleo de Sorraias existente na Alemanha, para onde foi levado pela mão do Prof. Michael Schäfer. O núcleo inicial era composto por três fêmeas – Valquíria (pelagem baia), que se encontrava afilhada de Valiosa (pelagem rato), e Arisca (pelagem rato) – e dois machos – Esbelto (pelagem rato) e Tareco (pelagem baia). Valquíria estava já prenhe quando saiu de Portugal, dando origem a um macho baio – Vaqueiro – em 1976, já na Alemanha, correspondendo ao primeiro produto desta coudelaria. Desde esta data, a criação foi prosseguindo com sucesso, graças ao gosto, ao trabalho e ao esforço do casal Schäfer em manter um núcleo tão significativo de Sorraias, que constitui actualmente uma mais valia incomparável para a preservação desta raça, não só permitindo a diversificação e o aumento significativo do efectivo mas, também, possibilitado o “afastamento” genético de alguns animais relativamente ao solar de origem, que será de grande importância numa perspectiva futura da população. Em gesto simbólico deste reconhecimento, a Associação Internacional de Criadores do Cavalo de Tipo Primitivo – Sorraia designou-o como membro honorário no próprio acto solene da sua criação.
Tendo atingido um efectivo de 42 animais em 1996, a partir deste núcleo têm vindo a constituir-se outras coudelarias de relevo na Alemanha. Curiosamente, duas fêmeas – Atocha e Ventura – foram exportadas para Portugal (Lagos, Quinta das Sorraias), em 1996.
Actualmente esta coudelaria conta com 15 fêmeas e 9 garanhões, entre os quais Esbelto, um dos fundadores, agora com 32 anos de idade! Exemplos da longevidade dos Sorraias são muitos neste efectivo: a égua Valquíria, também fundadora, morreu em 2002, com 35 anos!
São já vários os criadores de Sorraias na Alemanha, uns com base em animais originários da Coudelaria Schäfer, e outros em animais importados de Portugal por Hardy Oelke. Qualquer que seja a origem dos animais, não há dúvida que a divulgação, a preservação e o interesse por este tipo equino na Alemanha se devem ao casal Schäfer, perpetuados por Heide Schäfer após a morte de seu marido, em 2001.
Ficha